quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Política: o ciclo recomeça!

Cá estamos nós, mais uma vez, às vésperas de definir novamente o futuro do país. Ou pelo menos, assim pensamos.
Todos os meios de comunicação deixam bem claro que o poder de decidir o destino do país pelos próximos quatro anos está em nossas mãos. Mas será que está mesmo? Em partes, é claro. Sim, temos o poder do voto, isso é fantástico! A merda é que infelizmente nem sempre sabemos o que fazer com esse poder que nos é concedido.
Por um lado, reclamamos que está tudo errado, que eles estão lá só para nos roubar e ridicularizar a nação que os mantém em sua gama de poder. Certíssimo! Eles fazem isso mesmo e muito mais daquilo que raramente chega aos nossos ouvidos. Então eles nos dizem: “Mas quem nos colocou aqui? Não foram vocês?”
Por outro lado, cada época de eleição é a mesma coisa. São sempre os mesmos candidatos, com as mesmas palhaçadas – esse ano eles estão se superando em matéria de palhaçada, não é mesmo Tiririca? – e isso só serve para confundir o eleitor. O pobre eleitor que nunca tem tempo de correr atrás de cada candidato para saber o que andam fazendo, ou o que já fizeram. Um pouco de comodismo por parte do eleitor?  Provavelmente sim! Mas o que se pode cobrar de um sujeito que tem que levantar às 6h da manhã para colocar o sustento em casa, depois chega às 10h da noite, porque mora lá nos cafundós de Judas e o transporte nunca ajuda muito, e no final, mal tem tempo de olhar para o filho dormindo e perceber que este já esticou cinco centímetros. Pois é, esses são os que mais sofrem as consequências de uma eleição errada, mas são eles que realmente decidem quem estará lá em cima, porque são maioria. Exatamente aqueles que nunca estudaram muito, aqueles que não têm nem ideia do que deverão fazer os seus candidatos, aqueles que são sempre esquecidos, apesar de serem eles os donos do poder!
Eis então a questão X do problema! Por que nada muda? Porque a política é um ciclo gerido por interesses próprios!
O eleitor pobre e sem instrução vota no candidato espertalhão que promete mundos e fundos, na esperança de deixar de ser pobre e sem instrução. O espertalhão uma vez eleito, luta para que o pobre ganhe algum mísero dinheiro, no intuito de ser eleito novamente, mas faz de tudo para deixar seu eleitor ignorante, assim ele nunca irá cobrar aquilo que realmente lhe é de direito, uma vida com dignidade, onde ele não precise escolher entre acompanhar o crescimento de seus filhos e colocar comida dentro de casa. Uma vida onde não baste apenas conseguir comprar uma geladeira em mil prestações, uma vida onde ele possa realmente ser gente e se sentir parte integrante da sociedade.
Enfim, estamos mais uma vez prestes a iniciar uma nova etapa do ciclo. Mas é claro, a esperança nunca morre, será que dessa vez vai ser diferente? Pode ser, quem sabe! De uns tempos pra cá, as pessoas pelo menos têm se interessado um pouco mais sobre o que anda acontecendo atrás dos parlamentos, quem sabe nós não conseguimos abrir mais os olhos para fazer um pouco de pressão naqueles a quem estamos concedendo nossa confiança?
Não basta votar, tem que acompanhar! De repente um dia a gente vira o jogo. Afinal, a esperança é a última que morre, e eu desconheço povo mais esperançoso que o brasileiro!
Sorte a todos nós!!!

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